quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Menor Abandonado

Quando Passar a Chuva,
Ainda Ficará Lama,
Quando Não Houver Colchão,
Papelão Servirá de Cama,
o Frio Congela a Noite,
Não Precisa de Ar Condicionado,
Seu Luxo, Encher o Bucho
Com os Restos Que Tinha Escontrado,
Um Pequeno Soldado, Destino Mudado,
Na Fortaleza Fera, o Menor Abandonado.
Sua Disputa é a Luta Pra Sobreviver,
Cedo, Pede o Pão ao Amanheçer,

Diz Que Agora Ficou Mais Evoluido,
Fazendo Malabares no Sinal
Olhando a Madame Fechar o Vidro.

E a Pipa Segue Enfeitando o Céu
Cortando o Vento Com Cerol,
Bem Mais Visivel a Olho Nú
Que o Proprio Brilho do Sol,
Bem Menos Quando Se Vê
Uma Criança no Farol,
Que Ainda Dorme o Sonho
de Ser Um Jogador de Futebol,
Levantando Poeira de Terra,
Chutando a Lata Invês da Bola,
Por Hora Fica Longe da Guerra,

Há Dias Em Que o Sorriso Chora,
Longe do Alvo a Violência Erra,

É Cada Um Por Si, Cada Um na Sua.
o Gigante Aparece, o Menor Não Recua,
Com 8 Anos de Vida na Escola da Rua.



 AnDяέ LuiZ

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